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Grupos antigreve marcam novo ato na USP
Terceiro protesto contra a paralisação foi marcado para a próxima quinta-feira, em frente à Faculdade de Economia
Um dos grupos tem 665 membros na comunidade do Orkut e diz ter reunido 3.000 adesões em abaixo-assinado contra a paralisação na USP
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos últimos dias, um movimento antigreve na USP deixou de ser virtual (na internet) e passou a promover atos na Cidade Universitária. Já foram feitos dois protestos e outro está marcado para quinta.
Entre estudantes descontentes com sucessivas greves, há também dois grupos virtuais organizados, que participam ou organizam a mobilização.
O maior, denominado CDIE (Comissão para Defesa dos Interesses Estudantis da USP), existe desde abril deste ano e conta com 665 membros na comunidade do Orkut. Ele é responsável por um abaixo-assinado contra a greve, que já reúne 3.000 assinaturas, segundo os organizadores.
O mais recente, denominado Flacusp (Forças de Libertação Anticomunistas da USP), foi criado no Orkut no dia 8 e tem 107 membros virtuais "selecionados", afirma Leandro, 23, um dos participantes (ele não quis dar o sobrenome nem dizer a qual curso pertence).
Leandro classifica os atos do movimento grevista como "balbúrdia" e diz preferir a ditadura.
"A ditadura impõe a ordem, não deixa essa zona acontecer".
O jovem era um dos participantes de um protesto antigreve que ocorreu na última sexta de manhã na USP e reuniu 80 estudantes. Na mesma noite, outra manifestação contra a paralisação reuniu cerca de 300 pessoas. Nos dois protestos, houve confrontos com grevistas, xingamentos e discussão. Antigrevistas afirmam ter sido vítimas de chutes e socos.
Nos protestos, estudantes contra a greve pediam a volta do "bandejão" e do "ônibus circular". Os grevistas chamavam o grupo de "fascista". O próximo ato antigreve será quinta, às 12h30, em frente à FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade).
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João Santos
John Saints,
ResponderExcluirIndependente do erro ou não da Folha, o que mais me incomoda nessas situações de greve é o embate entre ideologias superadas. Um lado grita "Facistas". O outro grita "Comunista". O vazio existencial e a ausência de um inimigo comum em nossa sociedade (ditadura, por exemplo), cria uma juventude sem causa. Institucionalmente, vivemos anos de paz em nosso país. Somos uma "democracia". A economia vai bem, apesar dos juros elevados. Não há censura (pelo menos aparente) dos meios de comunicação. Enfim, vivemos tempos iluminados na hitória desse país (TM Luis Inácio). E esse vazio contamina o movimento estudantil, movimentos de trabalhadores, etc. Acredito que se os membros dessas organizações focassem suas energias na resolução dos problemas concretos que se colocam à frente deles, com estratégia e debate elevado, o cenário seria completamente outro. Infelizmente - e isso eu repito há anos - vivemos sob o Império do Médio, do medíocre, do senso comum, do pequeno. E esses movimentos de massa não escapam a essa lógica. Nenhuma novidade pra mim.
Eliseu "Apolítico" Drummond
Mais um que caiu na estória do FLACUSP...
ResponderExcluirSó para avisar, o FLACUSP NÃO EXISTE, foi uma brincadeira minha na comunidade USP do Orkut.
Parabéns, Mauricio, pela sua sagacidade sem precedentes.
ResponderExcluirEliseu "Head-Hunter" Drummond