terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Cruijff e a catalunha



Hoje, Cruijff comandará a seleção da catalunha em um amistoso contra a Argentina.

Ele voltou a atuar como técnico após treze anos. Em 1996, Cruijff deixou o comando do Barcelona e havia se aposentado.

Três dias. No sábado passado, o Barcelona enfrentou o Estudiantes e se tornou campeão do Mundial da FIFA pela primeira vez, feito que Cruijff não conseguiu atingir como técnico.

Percebam que o fato de o Barcelona ter demorado tanto tempo para conquistar o título mundial tem relação muito maior com a ditadura franquista do que com as derrotas para o São Paulo e Inter. Ou seja, o Barcelona deveria ter chegado em mais mundiais se não fosse o Estado ditatorial de Franco.

O Barcelona é uma aula de história espanhola. Di Stéfano, o craque argentino, maior que Maradona, ganhou 5 Copas dos Campeões pelo Real de 56-60, e um Torneio Intercontinental em 1960.

Di Stéfano era jogador contratado pelo Barcelona em 1956, chegou a jogar três amistosos, quando a ditadura de Franco resolveu utilizar o Real Madrid como vitrine de seu Estado e determinou que o jogador participaria de uma temporada em cada time. O Barça se recusou e o Di Stéfano ganhou tudo pelo Real.

Desde a criação até 1956, o Barcelona sempre foi um time vitorioso. Após o início da influência franquista no futebol, e no Real Madrid, o Barcelona amargou anos sem títulos expressivos, mesmo quando Cruijff e Neeskens jogaram pelo time catalão no auge da laranja mecânica.

Os títulos voltaram, de forma expressiva, justamente, quando Cruijff assumiu o comando do time em 1988.

Torcer ou jogar pelo Real é um ato, até hoje, inconveniente.

Adalberto

Um comentário:

  1. O problema é que na paixão não se enxerga inconveniências. Ou as aceita.

    Saudações madridistas!

    (Essa história do Di Stéfano, menor que Maradona, é muito louca!)

    João

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