quarta-feira, 29 de abril de 2009

Crua

Adoro carne crua. Essa carne crua.

Tira a mão dai. Odeio quando você fala assim.

É verdade. Belo bife, sangrando.

Que nojo. Pára.

Lembra quando você se ajoelhou sobre a minha cara e eu a chupava, o vinho se misturava com o sangue da sua menstruação. Crua.

Eu estava bêbada.

Estava crua.

No início a chupei por cima de suas pernas abertas, trêmulas, mas foi você que me deitou na cama e subiu em meu rosto, com suas coxas em minhas orelhas. Minhas mãos em suas coxas. Meus lábios em seu sangue.

Se fosse um vampiro nunca chuparia um pescoço. Chuparia todas as bucetas menstruadas desse mundo.

Orfeu Bandeira

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