quinta-feira, 5 de março de 2009

Banco - Máfia

O UBS, que auxiliou e vendou formas de evadir tributos para milhares de Norte-Americanos, se recusou a passar os dados dos contribuintes que teriam participado do esquema.

Na Itália, a coisa vai mais longe e chega mais perto do Brasil. Com a escassez de recursos. O dinheiro sumiu. As empresas estão recorrendo à máfia, que teria emprestado uma fortuna a 200 mil empresas italianas. Até aqui, nenhuma novidade. Não fossem os juros cobrados que variam de 55% a 730% ao ano, portanto, menos do que o cobrado pelos bancos nacionais pelo uso de cheque especial para pessoa física (170% ao ano), conforme noticiou a matéria abaixo.

Conclusão. Os bancos brasileiros cobram taxas de juros mafiosas. Não em todas as operações, mas no cheque especial e no parcelamento de cartão de crédito os bancos brasileiros agem como, pior que, mafiosos na cobrança de encargos.

Além disso, esse bancos brasileiros que estão tão bem frente a uma crise mundial no mercado financeiro!!! Com certeza, possuem um lastro muito grande de recursos graças as taxas exorbitantes aqui cobradas. Vejam só. A sociedade como um todo pagou durante os últimos 14 anos a saúde financeira dos bancos, a qual se tornou tamanha, que nem a maior crise financeira já vista, que quebra sistemas financeiros inteiros, causa preocupação ou riscos.

É lógico que as limitações regulatórias, que impossibilitam os bancos nacionais de captarem recursos no país e investirem no exterior ajudou para que essas insituições não tivessem os ativos podres em suas carteiras.

De qualquer, a ineficiência regulatória do estado não pode ser utilizada como justificativa para encobertar o assalto em encargos que as instituições financeiras cobram, como se fossem mafiosos.

Adalberto Pereira


Italianos recorrem à máfia para obter crédito
DA REDAÇÃO
A crise global já derrubou a economia italiana para a maior recessão em pelo menos três décadas, mas, para a máfia, os problemas acabaram se tornando mais uma fonte de lucro.Com os bancos tornando o acesso ao crédito cada vez mais difícil, cresce o número de empresas que estão apelando a agiotas dos grupos mafiosos para conseguir dinheiro para financiar suas operações.No ano passado, 180 mil companhias italianas recorreram a empréstimos da máfia, somando 15 bilhões, sendo uma das atividades que mais renderam para os grupos criminosos, segundo levantamento da Confesercenti (que reúne pequenas empresas do país).Em 2007, quando financiamentos não eram tão difíceis de serem obtidos nas instituições financeiras do país, 150 mil empresas apelaram para o dinheiro da máfia."A crise econômica torna a máfia ainda mais perigosa", afirmou o presidente da Confesercenti, Marco Venturi. "Os negócios da máfia utilizam a fraqueza e a incerteza econômicas para fortalecer as suas posições. É necessário reagir com determinação."Não há dados estatísticos sobre os juros cobrados pelos agiotas, mas, nos casos denunciados no ano passado, variavam de 55% a 730% ao ano, com boa parte girando em torno de 120% -menos, portanto, do que o cobrado pelos bancos nacionais pelo uso de cheque especial para pessoa física (170% ao ano) em janeiro, segundo dados do BC. Já os juros médios no Brasil naquele mês ficaram em 42,4% ao ano,"Ao contrário de outros negócios, a máfia foi muito pouco afetada pelas crises econômica e financeira internacional", diz o estudo da associação de empresas. Com a economia italiana se retraindo nos últimos três trimestres do ano passado (fato que não tinha ocorrido na atual série histórica, iniciada em 1981), as empresas enfrentam dificuldades para manter seu ritmo de vendas -que são agravadas pela indisposição das instituições financeiras de conceder empréstimos.Para Roberto Saviano, autor do livro "Gomorra", sobre a Camorra, um dos principais grupos mafiosos italianos ao lado da 'Ndrangheta, da Cosa Nostra e da Sacra Corona Unita, "o mercado do crime nunca sofre durante a crise. Estou convencido de que esta crise está trazendo enormes vantagens para os sindicatos criminosos".
Com agências internacionais

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