sexta-feira, 6 de março de 2009

Mestiça

Ainda me perturba em meus sonhos. Seus cabelos escuros cacheados e a pele branca. A encontrei em um bar qualquer a meia luz com uma música envolvente de fundo. A conversa fluiu desde colares até diretores de cinema. Básico. Sem fugir do padrão, mas também sem deixar de provocar meus instintos.

Chegamos ao motel. Logo chupo seus lábios, ela está entregue. Tiro sua blusa e passo o meu rosto inteiro pelos seus mamilos, até as orelhas. De tanto tesão ela nem se dá conta do meu êxtase, das minhas manias.

Começo a tirar sua calça colada em sua pele branca. Suas mãos macias me seguram. Sua boca fala e seus olhos já não brilham.

De alguma forma bizarra ela tenta me explicar que teria se depilado de uma maneira estranha e que não queria tirar a calça. Pensei de tudo. Que ela não gosta de trepar no primeiro encontro. Que ela não toma pílula e nunca imaginou que iria tão cedo para um motel. Conjecturas inúteis a parte. Continuei, insisti, ganhei um boquete, mas não fudi.

Encoxei aquela bunda durante horas. Horas. Gozei inúmeras vezes. Ela também, pois a dedava incesantemente. Não sentia nada de diferente em sua buceta, contudo a essas horas eu não me preocupava com a trepada perdida. Queria apenas gozar de alguma forma. Não importa qual, nem aonde. Se na sua calça ou na sua buceta.

Dormimos abraçados como antigo amantes. Agimos a noite inteira como antigos amantes. Acordo sem entender o que realmente teria acontecido. A levo para casa e nunca mais ligo. Odeio pessoas com manias piores que as minhas.

Orfeu Bandeira

Nenhum comentário:

Postar um comentário