quinta-feira, 2 de julho de 2009

Namorei uma prostituta

Quando um homem sai com uma mulher e ela espera que ele pague o cinema, o jantar e o motel ela pode ser facilmente confundida com uma prostituta.

Imaginem uma mulher. Essa mulher aos olhos comuns seria taxada de prostituta. Ela tem uma gama de sujeitos, agradáveis, com quem ela adora sair para trepar. Ela adora trepar. E gosta ainda mais quando trepa com algum de seus eleitos.

Ela cobra por isso R$ 300. Sim, ela cobra. Eles não acham que seja um problema pagar. Ela gosta de trepar e cobra por isso. Eles chegam em seu apartamento. Trepam. Fumam um cigarro. Conversam. Tomam um whiskey. Pagam e depois vão embora.

Agora imaginem uma outra mulher. Ela acredita que o homem tem que ser cavalheiro. Ela gosta de trepar. Não sonha em namorar. Quer sair tranqüila, sem compromissos. Quando sai, ele paga o cinema, o jantar e o motel. São no mínimo uns R$ 400 numa noite para comer essa buceta de ouro.

Qual diferença entre essas duas mulheres?

Eu não vejo nenhum problema em nenhuma das situações, prefiria que o dinheiro não estivesse nunca envolvido com sexo, qualquer coisa menos com sexo, mas também está.

Durante uns meses eu namorei uma prostituta.

Ela já não gostava mais de mim. Me namorava, pois seus pais estavam desempregados e eu pagava as suas contas.

E digo que ela era uma prostituta, pois ela não gostava de trepar. Essa é a diferença fundamental.

Além de não gostar de trepar, sempre que podia me magoava, sem motivo algum. Eu demorei para perceber isso. Mas imagino que seja bem normal.

Muitos já devem ter namorado uma prostituta, nem que seja por apenas algumas noites.

Orfeu

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