sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Marina

Como esta? Nossa quanto tempo! É, eu sei, me afastei. Típico, aposto que estava com outra pessoa. De fato sumi, acredito que isso não seja um problema para nós. Não, nunca foi. Poderia convidá-la para tomar um chopp. Como assim poderia? Poderia, pois seria delicioso conversar com você, mas estou explodindo de tesão e hoje só quero sexo. O que você quer que eu responda? Não responda, desligue o telefone, me xingue por alguns minutos, depois reconsidere a questão, comece a se dedar, de início com calma, e depois, fundo, até gozar, finalmente, me ligue de volta. Quero trepar com você, agora!

Vou buscá-la e ouço música alta e canto como um louco cantaria em um hospício, se os loucos ouvissem esse tipo de música em hospícios.

Beijo. Ela entra no carro e começa me chupar antes que eu possa colocar o cinto. Não andamos muito e chegamos ao motel. Ela é descendente de índios e italianos e possui a pele branca e macia. Seu cabelo preto e encaracolado me provoca, muito. Não comentarei os olhos, pois são impossíveis de serem descritos. Amendoados seria um adjetivo típico demais para olhos tão exóticos, uma saída fácil.

Eu a chupo por horas até seu gosto empreguinar minha boca. Meto, meto fundo, para compensar a primeira vez que saímos. Naquela dia, ela não trepou. Nem por isso deixou de me agradar. Naquele dia, a encoxei durante horas e gozei, no mínimo, quatro vezes. Desgraçada. Isso vai me atormetar o resto da vida. Me provocará sempre, ainda mais quanto encontrá-la. Sempre lembrarei daquele sorriso que dizia, você gozou, mas não esta saciado e comigo nunca estará.

Aposto que amanhã sua pele não estará macia. Desejo profundamente que amanhã sua pele não esteja macia. Espero que o seu perfume tenha sumido e sobre apenas o cheiro de sexo, de porra. Amanhã, ela se tornará um pão amanhecido sem manteiga, ou azeite. Tomará. Se não eu enloqueço e nunca mais cantarei alto.

Orfeu Bandeira

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