sábado, 14 de fevereiro de 2009

Som e chopp

Peço caneta e papel. Ele destaca uma pequena folha do bloco. Me arranca um sorriso e vai buscar uma caneta. Não dá para. Me arrependo de não ter trazido meu caderno de couro. Tomo meu chopp, cremoso. Nas últimas semanas venho bastante à Rua dos Andradas. Não sei se para consertar sons ou tomar chopps, talvez seja por causa do canapé de carne crua com mostarda e cebola. Ainda não sei ao certo. Leio uma crônica do Vinícius sobre cinema, Orson Welles o impressiona, apesar de se tratar de cinema falado, se é que isso existe. Para Vinícius o cinema é a fotografia em movimento. Imagem. Mudo. O som invadiu o cinema não como progresso ou evolução, pois o tornou artificial, como cinema, o transformou em outra arte. Enfim, até cinema Vinícius, o homem que se apaixonou pelo mundo e que se esforçava para viver uma vida sem prazeres....

Adalberto Pereira

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