sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Pérsio

Eia, eia
Pérsio.
Eia, eia
Cortazar.
Todos a bordo do cruzeiro,
o destino, desconhecido,
o itinerário muito menos.
Quem sabe o Japão.
Onnnnnnnnnnnnnn!Onnnnnnnnnnn!
Entre os passageiros uns passeiam,
outros,
frustam-se, se entregam.
Uns lutam até a morte
e
nem sabem porquê.

Pérsio, mas, Pérsio,
sábio Pérsio,
Não te entregas,
muito menos abandonas.
Contemplas o cósmico,
fazes seus companheiros parecerem extremos cômicos.
Olhos hasteados observas.
Contentastes em não compreender,
nobre Pérsio nos ensine a não desperdiçarmos nossas
vidas.
Admiras o horizonte,
não te misturas por incompreensão
própria,
não alheia.
Aliás, todos misturam-se facilmente com você.
As estrelas te contaram uma história ontem
já passa do meio-dia e ainda tentas decifrá-la.

Os lipídios acordaram alvoroçados,
eles estão em toda parte,
Apesar disso não evitaram.
Ontem a noite mais um pulou o muro,
atravessou a porta,
viu o convés.

Tu Pérsio já sabes
pouco adiantou.
O infeliz não estava preparado para deparar-se com
o convés.
Tu da polpa, tentas elucidar este problema
mas da polpa,
da sua cabeça nunca, nunca elucidará
o convés.

Adalberto Pereira

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