sexta-feira, 26 de junho de 2009

A Globo e o Michael Jackson

Incrível a capacidade da Globo de fazer televisão. Acabo de assistir ao Bom Dia Brasil. A cobertura da morte do Michael Jackson beirou a perfeição, com alguns (poucos) deslizes.

Pra começar, a reportagem factual, feita pela correspondente em Nova York, Giuliana Morrone. Impecável, como é hábito dessa jornalista.

Depois VTs com a repercussão da morte do cara (ele é o cara) no Brasil e no mundo. Normal e obrigatório, para uma emissora que tem correspondentes em tudo quanto é canto.

Mas são nos VTs sobre a vida dele que está a diferença. Matérias que chamamos de perfil, no jornalismo. Uma fusão de informações e bom texto com imagens bonitas ou feias (essas tiradas da internet) como se deve ser na televisão. Edições impecáveis.

Diante da morte de uma personalidade como Michael Jackson, a possibilidade de se esquecer as merdas cometidas em vida é grande. O Bom Dia Brasil não esqueceu.

Diante da morte de uma personalidade como Michael Jackson, a fronteira entre o bom e o mau gosto é uma linha muito fina. O Bom Dia Brasil conseguiu ser comovente sem ser piegas.

No encerramento do jornal, o garoto Michael Jackson cantando Ben. (Se você nunca viu, veja aqui)

Bom seria se o jornalismo da Globo fosse assim o tempo inteiro, sem interesses mil.


João Santos

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